Senado dos EUA aprova a “Lei Grande e Bela” de Trump por um voto — a pressão agora se desloca para a Câmara

Trunfo

Washington DC, 1º de julho de 2025— Após quase 24 horas de debate maratona, o Senado dos EUA aprovou o abrangente projeto de lei de corte de impostos e gastos do ex-presidente Donald Trump — oficialmente intituladoAto Grande e Bonito— por uma margem apertada. A legislação, que ecoa muitas das principais promessas de campanha de Trump do ano passado, agora retorna à Câmara para novas deliberações.

O projeto de lei foi aprovado com apenasum voto de sobra, ressaltando profundas divisões dentro do Congresso sobre o tamanho, o escopo e o potencial impacto econômico do projeto de lei.

“Todos ganham alguma coisa” — mas a que custo?

Ao comemorar a vitória no Senado durante uma visita a um centro de detenção de imigrantes na Flórida, Trump declarou:“Este é um projeto de lei excelente. Todos ganham.”

Mas, a portas fechadas, os legisladores fizeram inúmeras concessões de última hora para conquistar votos. A senadora Lisa Murkowski, do Alasca, cujo apoio foi fundamental, admitiu ter garantido disposições favoráveis ​​ao seu estado, mas permaneceu preocupada com a pressa do processo.

             “Isso foi rápido demais”, ela disse aos repórteres após a votação.

“Espero que a Câmara analise seriamente este projeto de lei e reconheça que ainda não chegamos lá.”

O que há no Big and Beautiful Act?

A versão do projeto de lei do Senado inclui vários pilares políticos importantes:

  • Estende-se permanentementeos cortes de impostos da era Trump para empresas e indivíduos.

  • Aloca US$ 70 bilhõespara expandir a fiscalização da imigração e a segurança das fronteiras.

  • Aumenta significativamentegastos com defesa.

  • Cortes de financiamentopara programas climáticos e Medicaid (o programa federal de seguro saúde para americanos de baixa renda).

  • Aumenta o teto da dívidaem US$ 5 trilhões, com aumentos projetados da dívida federal ultrapassando US$ 3 trilhões.

Essas disposições abrangentes geraram críticas em todo o espectro político.

Aumentam as tensões internas do Partido Republicano

A Câmara já havia aprovado sua própria versão do projeto de lei, um acordo delicadamente elaborado que mal unia as alas libertária, moderada e de defesa do partido. Agora, a versão modificada do Senado pode perturbar esse frágil equilíbrio.

Os conservadores fiscais, em particular os daCaucus da Liberdade na Câmara, levantaram alarmes. Em uma declaração nas redes sociais, o grupo afirmou que a versão do Senado adicionariaUS$ 650 bilhões anualmenteao déficit federal, chamando-o de“não é o acordo que fizemos.”

Enquanto isso, os centristas expressaram preocupação com os cortes no Medicaid e em programas ambientais, temendo reações negativas em seus distritos.

O legado de Trump e a pressão do Partido Republicano

Apesar da controvérsia, os republicanos da Câmara enfrentam intensa pressão do próprio Trump. O ex-presidente classificou a legislação como um pilar de seu legado político — uma transformação política de longo prazo projetada para perdurar por governos futuros.

“Esta não é uma vitória apenas para agora”, disse Trump,
“Esta é uma mudança estrutural que nenhum futuro presidente poderá desfazer facilmente.”

A aprovação do projeto de lei marcaria uma grande vitória legislativa para o Partido Republicano antes das eleições de meio de mandato de 2026, mas também poderia expor profundas fraturas dentro do partido.

O que vem a seguir?

Se a Câmara aprovar a versão do Senado — possivelmente já na quarta-feira — o projeto de lei seguirá para a sanção do presidente. Mas muitos republicanos estão cautelosos. O desafio será conciliar as divisões ideológicas sem prejudicar o ímpeto do projeto.

Independentemente do seu destino final, oAto Grande e Bonitojá se tornou um ponto crítico na batalha fiscal e política mais ampla dos Estados Unidos, envolvendo reforma tributária, imigração, gastos com defesa e estabilidade financeira de longo prazo do governo federal.

Fonte: Adaptado e expandido da reportagem da BBC News.

Artigo original:bbc.com


Horário da publicação: 02/07/2025

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